De acordo com Andre Luiz Veiga Lauria, empresário com experiência em eventos de grande porte, fundador e CEO da Prixan, empresa com sede em Portugal e que desde 2020, atua na importação e exportação de bebidas, nossos hábitos alimentares passaram por uma verdadeira revolução nos últimos anos, movida por uma busca crescente por saúde, sustentabilidade e novas experiências gastronômicas. O que muita gente não percebe é que essas mudanças também estão moldando a forma como escolhemos o vinho, uma bebida tradicionalmente presente em refeições e celebrações.
Mas será que o vinho que consumimos hoje ainda é o mesmo de antigamente? Nesta leitura, vamos explorar como essas transformações no nosso paladar estão impactando diretamente as preferências e escolhas de vinhos, desde as opções mais leves e orgânicas até as alternativas com menor teor alcoólico.
Leia para saber mais!
O que os novos hábitos alimentares indicam para o consumo de vinhos?
O interesse por uma alimentação mais saudável tem levado muitos consumidores a preferirem vinhos que se alinhem com esses princípios. Vinhos orgânicos, biodinâmicos e com menos sulfitos têm ganhado popularidade, uma vez que atendem a uma demanda crescente por produtos mais naturais e sustentáveis. A preferência por uma dieta com menos açúcar e menos calorias também reflete no interesse por vinhos com menor teor alcoólico e menor adição de açúcar, especialmente entre os jovens.
Além disso, a busca por alimentos mais leves e frescos impacta diretamente nas escolhas de vinho, favorecendo vinhos brancos e rosés. Esses estilos são vistos como mais compatíveis com pratos leves e saudáveis, como saladas e peixes, tornando-se uma escolha popular entre os adeptos de dietas equilibradas. Conforme elucida o CEO da Prixan, Andre Luiz Veiga Lauria, essa tendência mostra como a preocupação com a saúde influencia diretamente nos alimentos e bebidas que consumimos.
Como a sustentabilidade está moldando o perfil do consumidor de vinhos?
A preocupação com a sustentabilidade não se limita ao que vai ao prato; ela também se estende às bebidas, e o vinho é um reflexo claro desta tendência. Consumidores conscientes têm optado por vinhos produzidos com práticas sustentáveis, que respeitam o meio ambiente e o bem-estar dos trabalhadores. Como ressalta Andre Luiz Veiga Lauria, empresário conhecido por conectar marcas de bebidas brasileiras na Europa e vice-versa, as vinícolas que adotam práticas de produção sustentável, como a redução de pesticidas e uso de energia renovável, têm ganhado preferência nesse cenário.
Além das práticas sustentáveis, o enoturismo sustentável também tem se destacado como uma experiência valorizada por esse novo perfil de consumidor. Muitos buscam conhecer de perto vinícolas que se comprometem com o ecossistema local e a produção ética. A valorização de vinhos orgânicos e regionais cresce, evidenciando que a sustentabilidade é uma das forças mais influentes nas decisões de compra de vinhos.
Como a diversidade cultural e dietas específicas afetam a escolha dos vinhos?
Com a popularização de dietas específicas como vegetarianismo, veganismo e até restrições alimentares, o consumo de vinho também reflete essa diversidade. As vinícolas respondem a essa demanda com opções veganas, por exemplo, que excluem o uso de produtos de origem animal no processo de produção. Essas alternativas atendem consumidores que querem um vinho que se alinhe aos seus valores e restrições alimentares.
Conforme apresenta Andre Luiz Veiga Lauria, fundador da Prixan, a diversidade cultural também expande o leque de harmonização entre vinho e pratos típicos de diferentes origens, incentivando o consumidor a explorar rótulos menos tradicionais. Isso tem impulsionado vinhos de regiões menos convencionais, que oferecem novas possibilidades de harmonização com pratos exóticos e variados. Assim, o vinho torna-se parte de uma experiência gastronômica multicultural.
Transformações no consumo de vinho: uma reflexão sobre saúde, sustentabilidade e diversidade
Pode-se concluir que a mudança nos hábitos alimentares está transformando o perfil do consumidor de vinho, criando demandas por produtos mais saudáveis, sustentáveis e que se adaptem a diversas preferências culturais e dietéticas. As escolhas de vinhos agora refletem não apenas o gosto pessoal, mas também um compromisso com saúde, sustentabilidade e identidade cultural. Essa evolução no consumo mostra como o vinho acompanha, de forma versátil, as transformações sociais e alimentares.