De acordo com Paulo Twiaschor, a pré-fabricação na construção civil refere-se ao processo de fabricar componentes de edifícios – como paredes, pisos, estruturas metálicas ou módulos completos – em ambiente controlado, geralmente em fábricas, para posterior transporte e montagem no local da obra. Essa metodologia não é totalmente nova, mas o que estamos vendo agora é uma verdadeira revolução tecnológica e organizacional no setor.
O crescimento populacional, a urbanização acelerada e a pressão por construções mais rápidas, baratas e sustentáveis têm impulsionado o avanço dessa abordagem. Entenda!
Como a construção em fábricas reduz custos e prazos de obra?
Um dos principais atrativos da construção pré-fabricada é sua capacidade de reduzir significativamente os custos e prazos de execução, destaca Paulo Twiaschor. Como as peças são produzidas em linha de montagem, há um controle muito mais rigoroso de materiais, desperdícios e tempo de produção.
Em comparação com os métodos tradicionais, onde cada etapa depende de fatores externos como clima e disponibilidade de profissionais, a construção industrializada oferece uma previsibilidade muito maior. Estudos de mercado mostram que projetos podem ser entregues de 30% a 50% mais rápido, e com uma economia considerável de até 20% nos custos totais, especialmente em projetos padronizados como habitações populares, hospitais e escolas.
Quais setores estão liderando a adoção da construção em fábricas?
A adoção da pré-fabricação tem avançado em diversos setores, mas alguns se destacam pela velocidade de implementação. Paulo Twiaschor explica que a habitação social, por exemplo, tem se beneficiado enormemente da rapidez e redução de custos, permitindo atender demandas urgentes por moradia em áreas urbanas.

O setor de saúde também tem explorado a construção modular para erguer hospitais de campanha, clínicas e laboratórios em tempo recorde, como visto durante a pandemia de COVID-19. Além disso, empresas de tecnologia, como Google e Amazon, estão investindo em escritórios e centros logísticos pré-fabricados como forma de acelerar a expansão de suas infraestruturas.
Quais são os principais desafios e limitações da pré-fabricação?
Apesar de todas as vantagens, a pré-fabricação ainda enfrenta obstáculos importantes. A regulamentação nem sempre acompanha o ritmo da inovação, e muitos códigos de obras municipais não foram projetados pensando em construções modulares. Há também a questão da logística, já que o transporte de módulos de grandes dimensões exige planejamento e infraestrutura adequada.
Segundo Paulo Twiaschor, a digitalização tem um papel central na revolução da construção pré-fabricada. Softwares avançados de modelagem 3D, impressão em concreto, robótica e automação das fábricas estão tornando o processo mais eficiente e preciso. A integração com sistemas inteligentes de gerenciamento de obras também permite que todo o ciclo de vida do edifício – do projeto à operação – seja monitorado e otimizado.
Em suma, Paulo Twiaschor menciona que embora o método tradicional de construção ainda tenha seu espaço, principalmente em projetos personalizados de pequena escala, a industrialização do setor é uma tendência que deve se consolidar nos próximos anos. A busca por eficiência, sustentabilidade e escalabilidade favorece a pré-fabricação como modelo dominante, especialmente em um mundo cada vez mais urbanizado e tecnológico.
Autor: Kalamara Rorys