De acordo com o especialista Carlos Eduardo Rosalba Padilha, o ESG (Environmental, Social and Governance) deixou de ser apenas um conceito discutido em conferências e passou a ser uma exigência estratégica para empresas que desejam se manter competitivas. Adotar práticas alinhadas a critérios ambientais, sociais e de governança não é apenas uma questão de imagem, mas uma forma de gerar valor sustentável no longo prazo.
A integração do ESG nas operações diárias transforma a forma como as empresas interagem com colaboradores, clientes, investidores e a sociedade. O mercado tem respondido de forma positiva às organizações que demonstram compromisso real, o que se traduz em acesso facilitado a capital. Saiba mais sobre o assunto aqui:
Compreender o ESG e alinhar ao propósito corporativo
O primeiro passo para colocar o ESG em prática é entender profundamente seus pilares e como eles se conectam à realidade da empresa. Conforme explica Carlos Eduardo Rosalba Padilha, o alinhamento com o propósito corporativo é fundamental para garantir coerência entre o que a empresa declara e o que efetivamente faz. Isso significa identificar os impactos ambientais e sociais da operação, além de fortalecer as estruturas de governança para dar suporte às mudanças.
A clareza nesse alinhamento evita iniciativas superficiais, conhecidas como greenwashing, que podem comprometer a credibilidade da organização. É importante mapear processos, políticas e indicadores que refletem o comprometimento genuíno. Com isso, o ESG deixa de ser uma ação isolada para se tornar parte integral da estratégia, direcionando decisões e investimentos com foco em resultados sustentáveis.
Estruturar metas e indicadores de desempenho
Após compreender e alinhar o ESG ao propósito, é necessário definir metas claras e mensuráveis. Segundo Carlos Padilha, indicadores de desempenho bem estabelecidos permitem acompanhar avanços, corrigir falhas e comunicar resultados de forma transparente. Esses indicadores devem contemplar desde a redução de emissões de carbono até o aumento da diversidade na liderança.

A mensuração contínua possibilita que ajustes sejam feitos ao longo do caminho, assegurando que as metas não fiquem apenas no papel. Além disso, relatórios de sustentabilidade e painéis de controle internos ajudam a manter todos os níveis da organização engajados. A adoção de ferramentas digitais para coleta e análise de dados facilita o monitoramento e dá credibilidade às informações apresentadas ao mercado.
Engajar pessoas e integrar o ESG à cultura organizacional
Nenhuma implementação de ESG será eficaz sem o engajamento das pessoas. Como destaca Carlos Eduardo Rosalba Padilha, é preciso promover treinamentos, campanhas internas e processos de comunicação que reforcem a importância dessas práticas. O envolvimento de todos, da alta gestão aos colaboradores operacionais, garante que as ações sejam incorporadas de forma consistente no dia a dia. Essa mobilização coletiva cria um senso de propósito compartilhado, fortalecendo a cultura organizacional.
Integrar o ESG à cultura significa repensar políticas de contratação, programas de incentivo, parcerias comerciais e até o relacionamento com fornecedores. Essa abordagem amplia o alcance das iniciativas e assegura que a cadeia de valor como um todo compartilhe os mesmos princípios. Assim, o ESG deixa de ser uma exigência externa para se tornar um valor intrínseco à identidade corporativa. Com isso, a empresa consolida uma reputação sólida no mercado, atraindo clientes, investidores e talentos que valorizam práticas.
Do discurso à ação com resultados concretos
Em resumo, implementar o ESG na prática é um desafio que exige planejamento, comprometimento e disciplina. Mais do que um conjunto de ações pontuais, trata-se de uma mudança estrutural na forma de conduzir os negócios. Para Carlos Padilha, as empresas que conseguirem unir propósito, metas claras e engajamento interno colherão benefícios tangíveis, como maior competitividade, redução de riscos e fortalecimento da reputação.
Autor: Kalamara Rorys