Durante a pandemia da COVID-19, o Brasil enfrentou um dos maiores desafios sociais de sua história. Pedro Duarte Guimarães, então presidente da Caixa Econômica Federal, teve papel central na coordenação dos pagamentos emergenciais que garantiram a sobrevivência de milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. Segundo ele, a mobilização institucional da Caixa aliada ao uso de tecnologia de ponta foi decisiva para conter o avanço da crise social.
Com a implementação de programas como o Auxílio Emergencial, o Saque Emergencial do FGTS e o Benefício Emergencial para micro e pequenas empresas (BEM), a Caixa tornou-se protagonista na maior operação de transferência de renda já realizada no país. Entenda mais sobre o assunto a seguir:
O impacto direto dos pagamentos emergenciais na proteção social
A criação do Auxílio Emergencial foi uma resposta urgente à paralisação econômica causada pelo isolamento social. Famílias de baixa renda, trabalhadores informais e pequenos empreendedores foram diretamente atingidos pela súbita perda de renda. Como destaca Pedro Duarte Guimarães, o sucesso da operação só foi possível graças à estrutura tecnológica desenvolvida pela Caixa, que permitiu realizar pagamentos em tempo recorde e com segurança.

Em pouco tempo, aproximadamente 68 milhões de pessoas passaram a receber os valores por meio do aplicativo CaixaTem, uma ferramenta acessível até mesmo para quem não possuía conta bancária. Essa digitalização dos pagamentos foi fundamental para evitar aglomerações nas agências físicas e para garantir que o auxílio chegasse a regiões de difícil acesso. O esforço logístico envolveu milhões de cadastros, análises automatizadas e múltiplas fases de pagamento em apenas algumas semanas.
CaixaTem: tecnologia como pilar da inclusão financeira
O aplicativo CaixaTem se consolidou como um dos maiores legados da pandemia. Com uma interface simples e intuitiva, permitiu que mais de 100 milhões de brasileiros acessassem benefícios sociais diretamente pelo celular. De acordo com Pedro Duarte Guimarães, essa solução digital transformou o relacionamento entre o Estado e o cidadão, criando um canal direto e eficiente de transferência de renda.
Além do Auxílio Emergencial, o CaixaTem foi utilizado para viabilizar o Saque Emergencial do FGTS, o BEM e outros auxílios assistenciais. Em março de 2021, já eram mais de 109 milhões de pessoas recebendo algum tipo de benefício pela Caixa por meio do aplicativo. Nenhuma outra instituição bancária no mundo conseguiu operar em escala semelhante durante o período da crise, o que reforça o protagonismo brasileiro na gestão tecnológica de políticas públicas.
Estabilidade econômica e contenção do colapso social
Os pagamentos emergenciais não só asseguraram a subsistência imediata de milhões de lares, como também atuaram como fator de estabilização econômica em um momento crítico. Segundo Pedro Duarte Guimarães, a manutenção do poder de compra da população por meio desses auxílios evitou a retração ainda mais acentuada do consumo e permitiu a sobrevivência de pequenos negócios espalhados por todo o território nacional.
Essa dinâmica de sustentação econômica gerou um efeito em cadeia: mercados locais se mantiveram ativos, a arrecadação dos municípios foi preservada em parte, e a tensão social foi amenizada mesmo em regiões de alta vulnerabilidade. O papel da Caixa, foi decisivo para estruturar e implementar essas ações em tempo hábil, garantindo o mínimo necessário à dignidade da população em um cenário de extrema fragilidade.
Conclui-se assim que, a crise provocada pela pandemia expôs as fragilidades do sistema de proteção social, mas também evidenciou a capacidade de resposta do Estado quando há articulação, tecnologia e compromisso institucional. Para Pedro Duarte Guimarães, os pagamentos emergenciais coordenados pela Caixa Econômica Federal representaram um marco na história da assistência social no Brasil. Essa trajetória segue sendo lembrada como exemplo de gestão eficaz em tempos de crise.
Autor: Kalamara Rorys