Para o CEO Lucio Winck, cada brinquedo lançado no mercado representa muito mais do que criatividade e diversão. Existe um caminho longo e cheio de decisões estratégicas que começa na ideia e só termina quando o produto chega às mãos da criança. E nesse processo, o custo de criação é uma das maiores preocupações principalmente para quem trabalha com larga escala.
Muita gente imagina que criar brinquedos é uma tarefa puramente lúdica, mas por trás do universo encantador existem números, prazos, testes, licenças e muita engenharia envolvida.
Quais são as etapas que mais encarecem a criação de um brinquedo?
A primeira grande fase é o desenvolvimento da ideia. Aqui entram os profissionais de design, psicologia infantil, marketing e engenharia de produto. Prototipar custa caro, especialmente quando exige moldes exclusivos, materiais específicos ou mecanismos articulados. Cada novo brinquedo precisa passar por ciclos de testes com crianças reais antes de seguir adiante, e isso consome tempo e dinheiro.
Depois vêm os testes de segurança e adequação às normas, tanto nacionais quanto internacionais, explica o CEO Lucio Winck. Um produto mal testado pode gerar prejuízos imensos caso haja a necessidade de refazê-lo. Além disso, há custos com registro de patente, embalagem, certificações e logística. Tudo isso entra na conta mesmo antes de uma unidade ser vendida.

Como a produção em escala influencia nos custos?
Quanto maior o volume de produção, menor tende a ser o custo por unidade, mas só depois de superar o investimento inicial. Moldes industriais, por exemplo, podem custar centenas de milhares de reais. Por isso, o risco financeiro é alto: se o brinquedo não vender, a perda pode ser enorme. O sucesso de um lançamento depende da previsão de demanda e de um controle de estoque muito bem calibrado.
O CEO Lucio Winck ressalta que empresas menores que não conseguem produzir em larga escala acabam optando por terceirizar etapas ou trabalhar com brinquedos mais simples, que exijam menos engenharia. Já as grandes companhias investem pesado em inovação e tecnologia, para garantir diferenciação e destaque, mesmo que isso implique custos altos logo de início.
O marketing entra na conta final?
Com certeza! E é um dos fatores que mais impactam o valor percebido pelo consumidor. Uma campanha publicitária bem feita, ações com influenciadores e posicionamento em pontos de venda estratégicos fazem diferença nas vendas, mas também pesam no orçamento total do projeto. O CEO Lucio Winck ressalta que brinquedos licenciados, como os de personagens famosos, ainda têm royalties que podem chegar a 15% do valor de venda.
Muito mais do que parece
Criar um brinquedo do zero é uma jornada que combina criatividade com estratégia financeira. Para o CEO Lucio Winck, entender esse processo é essencial para valorizar o setor e também para inspirar quem deseja empreender nessa área. Afinal, brincar é coisa séria, e por trás de cada sorriso infantil existe uma cadeia complexa de decisões bem pensadas.
Por trás das cores vibrantes e das formas divertidas, há estudos de comportamento, escolhas de materiais seguros, testes de funcionalidade e, claro, um olhar atento para o custo-benefício. Lucio Winck reforça que cada etapa, da ideia inicial ao produto final nas prateleiras, exige planejamento e sensibilidade para equilibrar inovação com viabilidade. É esse cuidado que transforma um simples brinquedo em uma experiência memorável para as crianças e em um negócio sustentável para quem cria.
Autor: Kalamara Rorys