Sergio Bento de Araujo, empresário especialista em educação, salienta que a inteligência artificial tem se mostrado uma aliada importante no processo de modernização da educação, especialmente no contexto do Novo Ensino Médio. A integração de recursos tecnológicos ao currículo pode oferecer experiências personalizadas e ampliar a autonomia dos estudantes. Essa transformação possibilita que jovens desenvolvam competências mais alinhadas ao século XXI, preparando-os de forma efetiva para um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico.
O Novo Ensino Médio, estruturado com base na BNCC, busca flexibilizar o percurso formativo dos alunos, permitindo que escolham itinerários conforme seus interesses. Nesse cenário, a inteligência artificial surge como suporte pedagógico essencial, capaz de identificar habilidades, sugerir atividades e adaptar conteúdos de acordo com o perfil de cada estudante.
Como a inteligência artificial fortalece a personalização do ensino
Uma das maiores contribuições da inteligência artificial é a personalização do aprendizado. Plataformas digitais conseguem mapear o desempenho dos alunos, indicando quais conteúdos precisam de reforço e quais podem ser aprofundados. De acordo com Sergio Bento de Araujo, fundador da Inca Tecnologia, esse acompanhamento individual fortalece a motivação dos jovens e garante que avancem em seu próprio ritmo, evitando lacunas no processo educacional.
Ademais, a personalização contribui para reduzir desigualdades, uma vez que cada estudante recebe suporte específico para superar suas dificuldades. O recurso é especialmente relevante em escolas públicas, onde as turmas costumam ser numerosas e a atenção individualizada se torna um desafio para os docentes.
Integração da IA com os itinerários formativos
O Novo Ensino Médio incentiva a escolha de itinerários voltados a áreas como Ciências da Natureza, Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Formação Técnica e Profissional. Nesse aspecto, a inteligência artificial pode atuar como orientadora, indicando quais trilhas de aprendizado se conectam melhor ao perfil do estudante.

Segundo Sergio Bento de Araujo, ferramentas de IA também podem ajudar professores a planejar atividades interdisciplinares, unindo diferentes áreas do conhecimento de forma prática e contextualizada. Assim, o ensino deixa de ser fragmentado e se aproxima da realidade dos alunos, tornando o aprendizado mais atrativo e eficiente. Esse alinhamento fortalece a ideia de um currículo moderno, em sintonia com as demandas da sociedade digital.
Desafios para aplicar inteligência artificial no Novo Ensino Médio
Apesar do potencial, a implementação da inteligência artificial no Novo Ensino Médio ainda enfrenta obstáculos importantes. Entre eles estão a falta de infraestrutura tecnológica em muitas instituições, a necessidade de capacitação dos docentes e a resistência de parte da comunidade escolar diante das inovações. Nesse contexto, Sergio Bento de Araujo observa que investir em formação continuada e apoio técnico é fundamental para que a tecnologia seja aplicada de forma eficaz.
Outro ponto relevante diz respeito à equidade. Se a IA for introduzida apenas em escolas privadas, corre-se o risco de aumentar a desigualdade entre os estudantes brasileiros. Por isso, programas públicos de incentivo e parcerias institucionais tornam-se indispensáveis para democratizar o acesso e garantir que todos possam usufruir dos benefícios da inovação.
O futuro do aprendizado no Novo Ensino Médio
Ao analisar o cenário educacional, é possível perceber que a inteligência artificial não substitui professores, mas complementa suas práticas. Sergio Bento de Araujo reforça que a combinação entre metodologias ativas e tecnologias digitais será decisiva para transformar o aprendizado no Novo Ensino Médio. O objetivo é promover uma educação mais significativa, conectada ao mundo real e voltada ao desenvolvimento integral do estudante.
Com a evolução constante da inteligência artificial, espera-se que escolas públicas e privadas ampliem o uso de recursos digitais para potencializar a aprendizagem. Essa integração permitirá que os alunos construam trajetórias mais autônomas, críticas e criativas, alinhadas às competências exigidas pelo século XXI. O futuro aponta para uma educação mais inclusiva e inovadora, capaz de preparar jovens não apenas para o trabalho, mas também para a vida em sociedade.
Autor: Kalamara Rorys